"Oi, Tudo Bem?"

"Tudo Bem!" Resposta automática que damos diariamente. Mas, Quando estamos realmente bem? A certeza só se mostra absoluta quando estamos mal? Se, ao perguntar "Tudo Bem?", fosse-nos exigido que pensássemos antes de responder para que pudéssemos ter certeza se estamos bem ou não, a resposta seria a mesma? Eu, particularmente, acredito que não. Para uns a resposta mudaria pelo prazer de propagandear suas tristezas, forma de defesa. Para outros, o meu caso talvez, é a menção àquilo dói, para que não se esqueça e volte a errar.
O dia em que eu descobri que eu não era mais criança(infelizmente) foi o dia em que eu descobri que eu não consigo ser alegre o tempo inteiro. Nas palavras dos Rolling Stones, I Can't Get No Satisfaction. Não que isto seja um defeito, mas deixa de ser uma qualidade quando faz surgir uma dúvida se isto é meu combustível ou meu comburente, se me alimenta ou me consome.
Insatisfação nos faz buscar mais para que nos completemos. Porém, nos coloca numa busca desesperada por uma felicidade que nos satisfaça(na verdade, felicidade inédita apesar do saudosismo berrar o contrário). Não alcançar essa felicidade nos dá a impressão de sermos pessoinhas desafortunadas, invejosas, levando-nos a não curtir uma alegria como deve por não nos contentarmos com sua efemeridade. As vezes, parece-me que se contentar é esquecer da enorme estrada que ainda falta até a Terra da Felicidade Absoluta(credo, isso parece até outra coisa).
Esse post acaba sendo uma revolta e um apelo para mim mesma. Eu não era assim(saudosismo de novo, tema para outro post talvez).
"Mila, O cinza inevitável da quarta-feira não pode tirar o colorido do domingo de Carnaval"

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