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Mostrando postagens de julho, 2010
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Parece azul, as vezes, rosa. Não sei dizer. É leve e inédito, esse sentimento de felicidade merecida. Quando você passa um ano num limbo existencial, onde nada ocorre de verdade, mas tudo se decide. Num ano em que você teve que crescer e ser ainda mais forte. Um ano, Mila, em que você procurou colo e não achou, pediu arrego e não foi atendida. Teve que seguir, quando doía cada parte de seu corpo. Teve que mentir, omitir e ser sincera quando você achou necessário, muito embora parecia inadequado ou doloroso. Mas passou. E tudo aconteceu. Você hoje, colhe frutos, e nunca será como antes. Acho até que está melhor, inclusive. Pode ter perdido uns fios de cabelo, ganhado umas rugas e sofrido um pouco mais do que precisava. Mas a vida nunca foi boazinha com você, vai. Mas sempre soube te presentear e te dizer as coisas certas. Enjoy, Mila. A vida é só um balão cheio de água, divertido, que só estourará quando bem entender. Enquanto isso, dá pra ser feliz um bocado.

"Que seria de mim meu Deus Sem a fé em Antônio A luz desceu do céu Clareando o encanto Da espada espelhada em Deus Viva viva meu santo Saúde que foge Volta por outro caminho Amor que se perde Nasce outro no ninho Maldade que vem e vai Vira flor na alegria Trezena de julho É tempo sagrado Na minha Bahia Antônio querido Preciso do seu carinho Se ando perdido Mostre-me novo caminho Nas tuas pegadas claras Trilho o meu destino Estou nos teus braços Como se fosse Deus menino" As vezes, não minto, a fé hesita. Treme, chora. Mas renasce em cada alegria, em cada sorriso que Ele me proporciona. E não são poucos. Continua me guiando, meu Santo. Obrigada por tudo.
Boba. Você sempre detestou matemática, colé a sua agora? Fica querendo essa certeza matemática sobre as coisas. Olha, você não tem como saber se vai dar certo, ok? Nem a duração, o entusiasmo, se vale a pena, se vai ser bom, se vai ser divertido. Deixa de frescura e volta pras humanas. Fique confabulando, refletindo, ponderando. Não tente calcular. Nunca, nunca foi seu forte.

Sapatos

Diminuiu o passo ao avistar a loja. Não queria entrar lá assim soluçando de tanto chorar. Foi se recompondo enquanto se aproximava de sua loja de sapatos predileta. Não que pudesse chamar de sua. Nunca achou um bonito lá, que coubesse no seu pé. Sem medo entrou na loja, afinal, nada parecia ser pior do que aquela vida que ela levava. Chata. Sem nenhum sapato legal pra lhe calçar. Sem nenhum alguém pra abraçar. Não, o terapeuta havia dito que aquela comparação entre homens e sapatos não era saudável, além de absurda. A melhor amiga havia avisado que aquela metáfora podia estourar o cartão de crédito dela e deixar tudo ainda pior. Mas era assim que se sentia. Os sapatos, por ser seu pé tão pequenino, não cabiam nela. Assim como os homens, por mais legais que parecessem, acabavam não dando certo. Ora porque não mais a queriam, ora porque ela descobria defeitos que não se dava para perceber nos primeiros momentos em que ela passava experimentando, como aqueles cincos passos que se dá na lo